segunda-feira, 31 de agosto de 2009

1. Cabo Verde - Ilha do Sal - Impressões

Monte do Leão, ao fundo. Início da volta à ilha. Seria uma surpresa ver as boas estradas e o bom investimento no turismo ( não deixei de pensar: " ainda tens ideias preconcebidas sobre as coisas!! " ).
Paisagem muito plana, árida, mas bela ( ou não fosses um amante do deserto! ). Lembraste-te, claro, de Rainer Maria RilKe, in "Cartas a um Poeta" : " Se o quotidiano lhe parecer pobre, não o acuse: acuse-se a si próprio de não ser bastante poeta para conseguir apropriar-se das suas riquezas." Devo dizer-lhe, meu amigo Rilke, que não sendo eu grande poeta, dispenso, no entanto, o seu lindo pensamento, com o qual, aliás, concordo, e isto porque... amo a Natureza, seja ela verde verde, ou tenha a cor que tiver...
Os montes despidos, como se fossem lunares, ( o da esquerda, o mais elevado da ilha, com 406 metros de altura, é o Monte Grande ), quebram a uniformidade da planura e conferem-lhe mais solenidade.
Perto, fica Palmeira, vila piscatória.
Com a sua igreja. Numa casa de artesanato comprámos grogue ( aguardente de cana ) , quadros feitos com areia e ...ofereceram-nos dois buzios grandes.
Fomos depois visitar as piscinas naturais. A mais famosa é a chamada Buracona, cravada na rocha de lava, onde há uma gruta, dentro da qual o fenómeno da refracção da luz deixa uma marca cromática, que não parece deste mundo ( olho mágico )...
A não perder: as miragens... antes da chegada a Espargos. Paragem obrigatória naquele lugar e só naquele lugar e na direcção de Buracona: ao longe, parecem lagos, tal e qual como ouvimos dizer, desde a infância, que acontece no deserto!...
Na cidade de Espargos, onde as casas, na sua maioria, têm antenas de televisão, e em cujos arredores os campos são verdes, fazemos uma paragem no café Bom Dia, e aí bebemos o bom café da ilha do Fogo e vimos pessoas comendo a famosa cachupa.
Finalmente, Pedra de Lume, as salinas, a que se chega, atravessando um túnel, escavado nos montes, por debaixo dos quais, a água do mar vai penetrando, até chegar ao que foi uma cratera de vulcão. Ali boiámos nos lagos com uma salinidade 26 vezes superior à salinidade normal, o que foi uma sensação rara. A praia de Santa Maria, ao alvorecer... Não tarda que o sol invada as areias brancas e finas e saiba bem mergulhar nas águas azuis muito claras e tépidas... Eduardo Aleixo

9 comentários:

Anônimo disse...

Benvindo de regresso ao povoado, já fazias cá falta.
Tem cuidado, olha que o sal a mais faz muito mal à saúde...
As fotografias são lindas (noves fora uma... qual será??)
Bjs. olha que estou a brincar...
Laide

vieira calado disse...

Hoje é bonito...

Abraço

Unknown disse...

Laide

Olá, Laide, bom regresso o teu também.

Vieira Calado

Hoje, claro, o passado passou, amigo.

LuNAS. disse...

Uma viagem que me prometo há tanto...
Isto só abre o apetite!
Beijinho, Eduardo

Paula Raposo disse...

Gostei de recordar através das tuas palavras os lugares que visitei já lá vão uns anos. Beijos.

Unknown disse...

Rosmano

E a água do mar é transparente e quentinha.

Unknown disse...

Paulinha

Não vi lá nenhum búzio! Foi por isso que não soube que já lá tinhas estado! Ainda bem que gostaste de recordar!

gota de vidro disse...

A beleza daquelas praias e águas deixam saudade não é?

bjitos da gota

Lúcia disse...

OLá Eduardo:
Vim parar a este post por mérito do google. lembro-me bem de o teres feito e de eu o ter lido. Como te disse, em cima, pretendia lá ir. E lá fui o ano passado. É para voltar sempre que possível. Sempre tive cabo Verde no coração, por muitos motivos. Quando lá cheguei, senti uma grande familiaridade, difícil de explicar. Como se sempre tivesse pertencido ali...
Beijinhos, Lúcia