quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Renascer

Nascemos nus, despojados,
A não ser com que planos pré-fixados?
Renascemos, ao que lemos nos livros velhos,
Quando aqueles podem ser ultrapassados!
Ajudados somos nos caminhos vários
Rumo à Luz onde algumas aves voam leves.
Viagem sem tempo, ao que vamos aprendendo
À medida do decorrer do nosso tempo.
Teremos tempo?
Teias nos prendem na liberdade concedida.
É por socalcos, ou por saltos
Que aprendemos a voar?
As duas coisas.
Em muitas direcções.
Muitos são os sentimentos.
Mas é inesquecível o cheiro de certos perfumes
E a grandiosidade de certos bosques
E a luminosidade de certos momentos
E o encantamento de certos cantares...
É o que nos salva: esta memória na viagem sem tempo...
É difícil perder o grandioso que um dia as mãos de barro tocam
E as lágrimas ajudam a moldar em poema de anjo!
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" Os Caminhos do Silêncio"
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Foto Net

17 comentários:

gota de vidro disse...

Realmento o caminho que trilhamos neste planeta, é diverso e vamos encontrando ao longo dele a belza da natureza ou a vivência de um momento.É sempre voar abraçada às asas de um sonho.

Muito belo

bjito da gota

Anônimo disse...

gosto da forma despojada com que te nos diriges. são asas perfumantes.

o verso que cheira a verdade.

gosto. sim!




abraço.


imf

Paula Raposo disse...

Lindíssimo!!
"Mas é inesquecível o cheiro de certos perfumes"....verdade.
Beijos.

helia disse...

Sim , é realmente inesquecível , o cheiro de certos perfumes, a grandiosidade dos bosquea, a luminosidade de certos momentos...!
Um Poema muito bonito!

Anônimo disse...

estou perfeitamente convencida que a minha leitura de fim-de-semana, com o seu livro acabadinho de chegar, vai ser um bálsamo para a alma, a avaliar pelo que acabei de ler. um beijinho, Eduardo.

Anônimo disse...

estou perfeitamente convencida que a minha leitura de fim-de-semana, com o seu livro acabadinho de chegar, vai ser um bálsamo para a alma, a avaliar pelo que acabei de ler. um beijinho, Eduardo.

Anônimo disse...

A memória na viagem do tempo...
A memória dos cantares,
dos sabores,
dos sons.
------------------------
A memória não nos salva
Castiga-nos com o aguilhão da saudade.
Amigo,belo Poema que consegue despoletar belas memórias.
Obrigada.
Água do Mar

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

li e lembrei de JLP cito "Debaixo da roupa, estamos todos nus"
achei este poema muito ternurento e com uma certa dose de nostalgia, mas gostei.
e sim, concordo quando diz que é inesquecivel o cheiro de certos perfumes.
um bom fim de semana!
beij

GarçaReal disse...

Um pedido vindo do âmago...Diria que quase um grito pedindo tempo...Tempo para viver...Tempo para ler...Tempo a beleza absorver... Tempo para o mundo ver crescer.

Tal como dizes uma" viagem sem tempo ".

Bom domingo

Obrigada pela visita

Bjgrande do Lago

Maria Rodrigues disse...

Lindissimo poema. Há momentos inesquecíveis na nossa vida, são esses momentos que tornam a vida algo de maravilhoso.
Tenha um bom domingo e uma excelente semana.
Beijinhos
Maria

partilha de silêncios disse...

Nesta nossa viagem sem tempo, temos alguns felizes momentos de puro "encantamento".

bjs

Baila sem peso disse...

Nesta viagem sem tempo
vou percebendo no tempo
que me falta tanto tempo
para me espreguiçar à sua volta
e ler poemas leve e solta
como o que escreves docemente
neste cantinho azul
envolto em água de tule...

mais um pouquinho de tempo
que roubei ao meu cair sonolento
para vir espreitar a tua mente!;)

beijinho carinhosamente

Unknown disse...

Olá Eduardo,
Há memórias que nos ficam gravadas, não mais saem das nossas lembranças de outrora!
Perfumes que exalamos,o toque de terracota... são sentimentos que nos fortalecem... como tu tão bem escreves, são lágrimas que ajudam a moldar...
Aprender a voar!? Sem asas? Sim voamos... somos livres nesses sentimentos, nessa teia de liberdade que é a nossa memória, no baú das recordações que mantemos vivo, presente e permanente!
Enquanto cá andar, na Terra, hei-de voar, hei-de sentir o aroma do perfume... desta viagem sem tempo, a memória...
Diria viagem sem tempo... mas com tempo para a deliciar!


Desculpa o comentário tão longo... mas soube bem divagar no teu poema de anjo!

abraço

Agulheta disse...

Amigo Eduardo. As minhas desculpas por não ter vindo mais cedo,mas onde me encontrava não tinha tempo para andar por aqui com calma.Adorei esta nudez de alma que nos leva aos sentidos e perfumes do bosque da memória.
Beijinho

gaivota disse...

perfumes, lágrimas, risos
os sentimentos vivos do dia a dia que temos que continuar a percorrer!
beijinhos

Manuela ramos Cunha disse...

Eduardo,
Este renascer...está muito angelical, doce, meigo, verdadeiro, uma profusão de palavras bem ditas e definidas que nos fazem pensar em como é bom renascer para encontrar a viagem a que nos dispusemos neste tempo!

Lindissimo! Parabéns!

Nela

Graça Pires disse...

Ás vezes é preciso renascer. Transgredir os sonhos. Ganhar asas.
Um belo poema, este.
Um beijo, amigo.