sábado, 28 de maio de 2011

Tudo se transforma num deserto

Tudo se transforma num deserto
As casas com os postigos fechados
Debaixo do sol escaldante
Nem um rosto
Nem um ruído
É um momento de abandono
De solidão
Em que todas as pontes ruíram
E nem um vulto na distância
Na paisagem calada...
Estes momentos são aqueles
Em que nos medimos com o silêncio
Cujo rosto já não encontramos disponível!
Resta-nos ali ficar à espera
No vazio
Com saudades da sua voz...
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In "Os caminhos do silêncio " - a publicar
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Foto Net

11 comentários:

tulipa disse...

OLÁ AMIGO

Vejo que continuas em alta com a bela escrita que sai da tua alma, esperando ter mais alguns trabalhos para publicar num futuro próximo.

Isso é bom, muito bom mesmo.

Falas num momento de abandono
De solidão
foi como me senti ontem...
Em que todas as pessoas me
abandonaram...
E nem um vulto na distância
Na paisagem calada...da noite.

Muitos Parabéns.
Adoro ler-te embora passe por cá algumas vezes, nem sempre comento.
Fica bem.
Um abraço de amizade Eduardo.

Parapeito disse...

:( verdade e triste.
Só nos resta não deixarmos que a memória se faça deserto.
Brisas doces para si*

GarçaReal disse...

Na memória pairam momentos em que esse deserto era oásis, era vida, era luz.
Assim medimos realmente o silêncio e meditamos num caminhar lento onde estará a voz....

Muito bom.....

Bom domingo

Bjgrande do Lago

gaivota disse...

uma verdade neste silêncio de um poema lindo!
beijinhos
(quando tiver mais novidades, comunico, obrigada, amigo!)

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

uma triste realidade!

e tudo se trasnforma num deserto como tão bem escreveu.

uma boa semana!

beij

tb disse...

Por isso devemos viver cada momento intensamente e sabendo que depois de nós todos os bens materiais ficam e o tempo leva.
Escrita com luz!
Beijinhos, amigo.

Evanir disse...

Seu blog e seus poemas encantam
não sou poeta mais apaixonada pelos poemas.
Seguindo seu blog deixando convite para conhecer e seguir os meus .Um carinhoso beijo,Evanir..
www.aviagem1.blogspot.com

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu querido Eduardo

Deve ser da idade...mas estou uma chorona, vi-me na rua onde nasci, que é tão parecida com essa da foto, esperando a minha mãe...e era EU.

E deixo um beijo, porque as palavras acabaram, sinto apenas, neste momento.

Beijinho
Sonhadora

Graça Pires disse...

Um excelente poema. É a realidade, querido amigo.
"Dantes pelos caminhos havia pessoas apressadas de regresso às casas agora desertas e as mulheres chamavam pelos filhos com a mesma voz com que rogavam pragas à miséria"...
Beijos, Eduardo.

Unknown disse...

A sesta da vida, da eternidade!
O recheio do silêncio.
As marcas ... da idade,as ruínas que permanecem teimosamente fazem-nos recordar que o silêncio tem voz, tem história... talvez por isso nos calamos... para o ouvir!

abraço

gota de vidro disse...

Passei em silêncio...Reli e novamente gostei.

bjitos da gota