sábado, 6 de outubro de 2012

Sem lembranças de nada

Que parte de nós é receptiva à essência das coisas, às palavras mais puras, à beleza das mensagens, à aceitação sem medo dos caminhos inimaginados, à abertura das cortinas longe do propósito de as abrir, é como se deixássemos de ser pesados no hábito de o sermos, é como se..., não: é mesmo quando planamos sem o sabermos, quando estamos leves sem o pensarmos ser, é quando somos outros que outros olhos se abrem, não sei em que parte de nós é outra a consciência, outro o patamar do ser. É então que as coisas sublimes (me) acontecem. Sem explicação. Com uma realidade própria. Leves e sábias. Envolvido nelas, como se corpo em nuvem, sou pureza de musgo e alga, dentro e fora, apenas luz, sem lembranças de sombras. Sem lembranças de nada!
País, de que mundo?
Consciência, de que vida?
Não sei.
Apenas que faço parte de que mistério(?), quando disso nem me lembro, me vejo viajando no mundo em que passo, mas tão leve me sinto, que dou um passo, sem limite nem de tempo, nem de espaço...

5 comentários:

CamilaSB disse...

A mim tocou-me profundamente a alma com a beleza e a pureza das suas palavras poéticas, Eduardo!
Nelas, sente-se a doçura, serenidade e sabedoria (que tanto precisamos) para apreciarmos com leveza e, passo a passo, esta viagem sem limite de tempo nem de espaço... belíssima reflexão!
Beijinhos com amizade e tenha um Domingo muito feliz :)

Manuela ramos Cunha disse...

Sem lembranças de nada...que bom!

A leveza faz-nos dar passos com um corpo de leveza inconfundíveis, apagando da memória todo um passado, uma vida, e até um país...
Apenas vem... inundar-nos pela luz!... que, esta, não se lembra da consciência que vem dizer-nos : somos nada, sem limite e sem espaço...eis o mistério?

Aproveitemos o vazio do momento, é que a seguir logo enchemos a cabeça airosa!

Abraço, Nela

Baila sem peso disse...

"...mas tão leve me sinto, que dou um passo, sem limite nem de tempo, nem de espaço..."

...sem qualquer embaraço, luz envolvente como um nada, que é preenchido de tudo
levemente ao som e tom da corrente
mistério da vida da gente...

Rita Freitas disse...

Se ouvissemos sempre essa parte de nós que é receptiva à essência das coisas, à beleza... o mundo seria outro.

Muito bela esta mensagem.

Bjs

rosa-branca disse...

Olá amigo Edu, País, de que mundo?
Consciência, de que vida? Verdade meu amigo que mundo é este em que vivemos? E onde pára a consciência? Lindas suas palavras. Deixei-me embalar em tão belo mar. Adorei. Beijos com carinho